quarta-feira, 11 de março de 2015

Aquele risco já estava marcado; um limite à sanidade humana. Mas ela nunca foi de limites e as regras entre o seu corpo e a sua alma não se interligavam. Quando as mãos se chegavam, quando os olhares se trocavam, já havia fogo em gelo e a pele fervia.
Assim encostou-se no corpo dele, gelando-lhe o aconchego que era tão quente. Não duraria muito até a respiração ser cortada, e ambos sabiam-no - como não saber? A mão viril do rapaz desalinhava-lhe o cabelo, em gestos suaves e silenciosos. Ela cheirava-lhe o pescoço; beijava-o. E em momentos, o que era estática passava a dança.

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