quinta-feira, 2 de abril de 2015

Se não me amas, então apaga-te. Deixa que o mar te envolva, longe da minha mente, longe do meu barco. Não me peças mais beijos, não te despeças sequer. Não quero as tuas cartas, as tuas desculpas ou lágrimas de amizade com cor; quero o branco, o silêncio. Por mais que doa, por mais que os meus braços se estiquem para te alcançar, suplico que caminhes para longe, que corras. Leva os teus amigos contigo, a tua casa, o teu jeito emaranhado para a cozinha e o teu nome. Carrega uma mala cheia e completa de ti; suplico. Apaga-te. Apaga-te para que possa, mesmo que com tristeza, tirar o gosto amargo que hoje sinto, imaginar que tudo foi um sonho. E que como em todos os sonhos, a cura chega ao mesmo tempo que a noite se vai.

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